Metodologia
O laboratório onde se encontrava o cultivo de microalgas, não era exposto à luz solar, de forma a podermos controlar a intensidade luminosa através das luzes artificiais que utilizamos.
As algas estavam sujeitas a 12 horas de luz e a 12 horas de obscuridade, controladas por um temporizador.
O cultivo era constituído por 6 aquários, 3 de cada espécie, estando agrupados aos pares (1), (2) e (3), e cada par era constituído por um aquário de cada espécie, ou seja, denominamos os nossos aquários da seguinte forma: (1) Chlorella sp. 1 e N.ocullata 1; (2) Chlorella sp. 2 e N.ocullata 2; (3) Chlorella sp.3 e N.ocullata 3. Estes aquários continham borbulhadores, para que a concentração fosse mais ou menos homogénea em todo o aquário.
As microalgas para se conseguirem reproduzir necessitam de luz, água, CO2 e nutrientes. O meio de cultura é um dos factores-chave para que a produção de microalgas tenha sucesso. Este crescimento é exponencial.
Visto que as algas necessitam de um meio de cultivo óptimo, teve de ser recolhida água do mar que sofreu um tratamento para que se tornasse o meio ideal para o crescimento das algas.
Depois de recolhida a água do mar, esta foi distribuída pelos seis aquários, ficando cada um com 2,5 L. Filtrámos a água para que não permanecessem resíduos e impurezas.
Posteriormente esterilizamos todas as águas com hipoclorito de sódio e passadas 24 horas adicionamos tiossulfato de sódio.
Após algumas horas foram adicionados os nutrientes e as microalgas. Deste modo, cada aquário contém 2,5 litros de água, 2,5 ml de NaNO3, 2,5 ml de NaH2PO4, 2,5 ml de solução de metais e 1,25 ml de solução de vitaminas.
Efectuamos a contagem inicial, e nos dias seguintes, sempre à mesma hora do dia, era realizada a contagem das microalgas.
Para a contagem das microalgas, foi utilizada a câmara de contagem de Neubauer, que consiste numa lâmina utilizada na microscopia, mais espessa do que uma lâmina normal, com marcações em quadrantes, de medidas conhecidas.
As contagens eram efectuadas regularmente através do seguinte processo:
• Retirávamos uma amostra de cerca de 10 ml de cada aquário, com uma pipeta graduada, e colocávamos cada amostra num gobelé com o respectivo nome de cada aquário.
• De seguida, adicionávamos entre duas a quatro gotas de formalina a 4%, com uma pipeta de Pasteur, em cada um dos gobelés, de forma a “matar” ou imobilizar as células, caso contrário a contagem seria impossível.
• Passados alguns minutos, após a formalina ter actuado, retirámos uma amostra de microalgas, já imobilizadas, do gobelé com uma pipeta de Pasteur, preenchemos a câmara de Neubauer e cobrimos com a respectiva lamela.
• Após todos os pontos anteriores estarem realizados, processou-se a contagem ao microscópio.